sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Intervalo - Rádio Cultura 02 setembro

         Semana da Pátria no meu tempo de estudante tinha um sentido bem mais sério do que deixa transparecer muito da gurizada de hoje,aliás, não só gurizada, mas adultos que talvez tenham perdido a noção de civismo. Quem sabe tenham se deixado levar pela banalização que aconteceu com os 0símbolos da nação...
         Também, não é para menos, os exemplos daqueles que deveriam impor respeito e incentivar, ou melhor, investir na educação como prioridade, têm sido péssimos.
         A imprensa vem apontando estudos que demonstram o baixo índice, basicamente no ensino fundamental onde apenas 50% dos jovens aprendem matemática e podem ser considerados alfabetizados... E ainda há quem entenda que a educação pode sempre esperar mais um pouco...
         Mas voltando à Semana da Pátria que acabou de ter início, é muito bonito ver as bandas passarem... o rumor dos tambores, as horas cívicas, mas assistindo o Hino Nacional em diversas ocasiões, enfim, eventos, durante todo o ano, tem sido lamentável a postura de tanta gente, e não só de gente pequena, mas marmanjos, adultos que cuchicham, não interrompem o que estão fazendo nem por instantes,  e rebolam como se estivessem participando de um batuque de bateria de escola de samba. Muitos nem sabem que a postura, ao entoar o hino é dirigindo-se para a bandeira.
         A reflexão,no entanto, é que para ter respeito aos símbolos da nação é preciso ter respeito, primeiramente pela própria nação, que é o povo, que constitui o país; e povo somos nós, com nossa moral, nossos costumes, nosso jeito de amar e considerar a família, nossas raízes; e me pergunto, considerando a retrospectiva até a minha infância e juventude – Será que não está na hora de reagirmos como sociedade civil, reclamarmos como pais que somos, professores, empresários, trabalhadores  para ter uma educação que possa nos trazer uma geração mais comprometida com valores essenciais, virtudes imprescindíveis para uma convivência melhor, uma sociedade mais justa, enfim, mais tranqüila?  Pensem nisso...