quinta-feira, 31 de maio de 2012

Workshop reune associações de produtores em Santa Vitória

Marco Petruzzi (Cite 73), Fabio Rodrigues (Sindicato Rural) e Carlos Simm

Roberto Andrade Grecelle (Sebrae/RS)

Danilo Menezes, Cantão, Martha Guazelli e Carlos Simm

Jamir Silva da Embrapa

Doutoranda, Sandra da Ufpel

André Bacelo, Secretário Apcan

Presidente Apcan, Carlos Campos


Ronaldo Cantão


              A APCAN (Associação dos Pecuaristas Campos Neutrais), Sindicato Rural e Cite 73 promoveram, no dia 31 de maio, um workshop no parque de exposições de Santa Vitória do Palmar com a participação da APROCCIMA (Associação dos Produtores dos Campos de Cima da Serra) e APROPAMPA (Associação dos Produtores de Carne do Pampa da Campanha Meridional/RS), além da presença de técnicos da Embrapa, Sebrae/RS e Ufpel. A ideia de organizar o evento objetivou agregar um pouco da experiência dessas associações à iniciativa dos produtores do extremo sul que também pretendem atingir a indicação geográfica com a sua APCAN.
            Ao abrir a programação, o Presidente da APCAN, Carlos Inácio Talavera Campos agradeceu a presença de todos, ressaltando que essa associação é mais uma tentativa de união, já que os produtores não são reconhecidos como pilares da sociedade pela desunião.
            Pela APROCCIMA, Martha Guazelli e Carlos Simm, também vice e Presidente da Federacite, falaram da formação daquela associação, evidenciando que no foi no Cite 120 que sentiram a necessidade de agregar renda ao produto diferenciado. Montaram um plano estratégico, com uma rede de cooperação e hoje, aquela associação disponibiliza Especialidades do Campo.
            Carlos Simm, que também integra a Comissão de Pecuária de Corte da Farsul ressaltou a importância de constituir novas associações, com ações centralizadas que possibilitam inúmeros convênios técnicos, parcerias, inclusive com bancos, fazendo as coisas acontecerem, marcando presença e tendo acesso ao mercado. – Temos que fazer parte do processo gerencial depois da porteira, alertou o empresário, já que o varejo e indústria, os outros elos da cadeia acabam ganhando os louros da carne de qualidade no mercado.
            Ronaldo Cantão representou a APROPAMPA, assessorado por Danilo Menezes (Embrapa). Como ex-presidente, ele participou do início do processo de formação da entidade, na busca da certificação da carne do pampa, inclusive em visitas à indicação geográfica na Europa. – Os pontos mais importantes são qualidade e reputação. Para isso é preciso buscar produtores focados e ir vencendo etapas (a certificação é o segundo passo...), agregando valor à produção, incentivando à pesquisa e a preservação do pampa gaúcho, o que temos como objetivos. –
            Oferta constante, exigências na alimentação dos bovinos, levando ao consumidor todas as informações possíveis sobre a carne que ele está adquirindo provocam uma interação com os quatro pilares da cadeia produtiva e acabam formando a aliança mercadológica, almejada pelas associações.
            A apresentação dos primeiros passos da APCAN coube ao secretário, André Bacelo, que falou da formação dos estatutos, participação em cursos do Sebrae, Ata de fundação, organização dos pecuaristas, levantamento das propriedades. – Tomamos como base o trabalho genético que já vem sendo feito aqui nas associações de Hereford e Angus, mas qualquer produtor pode ser associado, desde que situado na zona livre de carrapato.-
            No período da tarde, o workshop teve continuidade com palestras técnicas, que foram enriquecidas pela presença de Roberto Andrade Grecellé  (Sebrae/RS) que abordou “Desenvolvimento Estratégico da Pecuária de Corte Gaúcha”; Jamir Silva da Silva (Embrapa) sobre “Tecnologias para Sistemas de Produção Integrada”; Sandra Vieira de Moura (Núcleo de Zootecnia de Precisão/Ufpel), sobre “Bem estar animal”.
            Grecellé fez um alerta dizendo que a produção de bovinos na Amazônia conta com 20 mil quilos de MS (matéria seca)/há, num clima extremamente favorável, apesar de termos aqui grande riqueza de composição botânica. – Mas não temos como competir em relação ao mercado externo. O mérito é colocarmos a nossa carne em mercados internos recebendo bem por uma matéria prima diferenciada. – Ele ainda mencionou que o Sebrae está promovendo ações para aproveitar os próximos grandes momentos esportivos como a Copa, para que as redes de restaurantes e hotelaria usem as marcas de carne das nossas associações e os turistas possam memorizar o sabor da carne do pampa gaúcho.
            Na palestra do professor, Doutor Jamir Silva da Silva, ele deixou claro que são as pastagens que respondem melhor aos investimentos feitos no sistema integrado lavoura/pecuária. – A sustentabilidade do sistema está na pastagem. Agricultura continuada apenas com adubação leva a degradação.-
            Bem estar animal foi o tema da doutoranda, vet.Sandra de Moura, que disse ser necessário melhorar os índices de aproveitamento da carne, adequando-se aos preceitos que existem. – Produtores e indústria devem estar cientes, em sinergia. -



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