quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Aprendendo a fabricar queijos

         



     Numa promoção da Prefeitura Municipal de Santa Vitória do Palmar, Emater, Sindicato Rural e Senar, foi realizado um curso sobre fabricação de queijos entre 24 e 27 de outubro, que contou com 13 participantes no Pavilhão da Agricultura Familiar. Elas já vêm acompanhando o calendário do Senar, inclusive, já fizeram outros cursos como o de derivados do leite, pois são, na maioria, mulheres rurais que visam  aumentar a renda familiar das pequenas propriedades.
                A instrutora, Márcia da Silva Ritta ensinou técnicas para elaborar vários tipos de queijos como colonial, minas frescal, mussarela, prato, minas meia cura e ricota. Na foto, algumas integrantes do curso: Cleonice Rocha Silveira, Irene dos Santos Silva, Jeonice Costa Silveira, Márcia da Silva (instrutora), Giani Pio Maximilla e Leonir Jobim.  

VERA MIRANDA RECEBE PRETA GEYBORANDEZA DE LOS PANOS DE JESÚS - Por Joca Schwab e Cláudia D’Ávila

Em seu anfiteatro grego e exclusivíssimo, escavado em um monolito de mármore de Carrara transportado da Itália especialmente para isso e instalado ao sul de seus Campos Elíseos de Cebollatí, Vera Miranda produziu, em avant-première internacional, um inovador e ousado, disputadíssimo,show business da má cantora (ela recusou convites para o palco Sunset do Rock in Rio), modelão (outrora ela perdeu o título de 4ª colocada no Rainha da Primavera da Ramada por apena 15 polegadas – uma injustiça inquestionável) e mística (joga cartas, prevê o futuro, revê o passado e recebe entidades múltiplas). Preta Geyborandeza de los Panos de Jesús, assim chamada porque, ao ter sido salva por Verinha Miranda, ainda bebê, do destino de Negrinho do Pastoreio a que estava reservada, foi embrulhada, para recompor-se, em panos que Verinha recebera diretamente das mãos do Papa Pio XII, em um final de tarde azulado lá mesmo, na Capela Sistina e que haviam sido encontrados em uma manjedoura em Belém... Verinha Miranda, encantada com o pequeno bibelô de ônix que Deus em pessoa havia colocado em seu formigueiro, criou a pequena Preta assim como o Negro Zumbi dos Palmares, que foi educado nos moldes da sapientíssima filosofia Escolástica dos padres católicos, em sua própria e vã filosofia social social social, mecênica e messiânica. Vera Miranda, que não revela jamais seu sobrenome (Documento, seria ele? Verinha, numa chic teimosia, bate o delicado pezinho, coberto por uma sandália de salto Luís XV, herdada com naturalidade do próprio Rei Sol, e não revela jamais seu sobrenome, pois Miranda, segundo ela, é nome. Coisas de Verinha...), recebeu os convidados vestida com a túnica que pertenceu à própria Vênus de Milo e com os cabelos enlaçados por uma grinalda de hera colhida das paredes do Castelo de Windsor pelas brancas e magras mãos da recém princesa Kate Winsley. Após o espetacular espetáculo, Verinha serviu a seus convivas iguaria culinária à base de rãs gigantes do Himalaia, criadas no ranário privê do anti-social social social arquiteto, urbanista e chef de cuisine Pele Renato Documento do Joca de Brum de los Pereyra, lá colocadas pela própria Vera Miranda, para que fossem caçadas, para seu próprio enleio, por Luciano Miranda, o marido mimado e mimoso de Verinha. Temperadas por Sálvia do Alentejo, colhidas por treze negras anãs dos Pirineus, foram o must da ceia. As amoras silvestres caramelizadas com açúcar efêmero do Burundi calaram a todos, e causaram tal impacto que o Big Bang inclinou-se de emoção. Os drinks de Bru Miranda foram extraídos da maçã do paraíso que tentou Eva, aquela da ocasião do Adão... Nani Miranda traduzia tudo para o sânscrito e transmitia ao cosmo, assessorada pelos filhos e príncipes, ex e futuros bebês Obino, tudo em 13D e online.
PS - Uma ave do paraíso me contou que Vera Miranda mecenerá, a ida da Preta Geyborandeza ao Rio, para apresentar espetáculo que, casualmente, conta a vida da própria Verinha. Tudo foi acertado com a atriz Bel Kütner, uma das estrelas da novela "O Astro", já que Verinha é a patronesse deste folhetim...Com sua influência ência ência, contratou para a ocasião a atriz Maria Maya, o diretor do Tholl, João Bachilli, com alguns personagens circences para dar uma popularizada na verdadeira história de sua vida social, social, social. P.S.S.- A temporada de Preta Geyborandeza seguiu, pós apoteose em Cebollati, para os salões róseos do Club Comercial da seletíssima High Society Santa-Vitoriense, em noite memorável de comemoração dos 30 anos do Jornal Vitoriense. P.S.S.S. - Conta-se que Eliane Castro de los Castro y Castro estará na seleta platéia que assistirá a estréia de "A Vida de Vera Miranda" no Rio, pois é ela, além de Vitor, Joca e Cláudia Ramil Scwhab Castro e Ávila uma da autoras da obra construida a 12 mãos. P.S.S.S.S. - Discreta e elegante como sempre Vera Miranda não foi e nem será vista na platéia pelos seus convivas...

Patrimônio Imaterial Sia Rosa

Rosa Cabreira, que ainda não fez 100 anos, é natural de Santa Vitória, negra, semi-analfabeta, vizinha do Barracão, ali na Coxilha. Morou um tempo no Chuí e revela orgulhosa: "Estive em Montevidéu por 06 meses, e agora me cravei aqui". Casada com com João Ronaldo Pereira, confessa: "Eu não fui casada com ele", me interrompendo. E quando retruco que isso é o que menos importa, um pouco ressentida ela desabafa que seu companheiro nunca passou para o seu nome a casa, o terreno, nem água e nem luz e segundo ela, devem ter vivido juntos por mais de 50 anos, pois o filho mais velho dos 12 que tiveram, já tem uns 57 anos. Sobre sua profissão, Siá Rosinha responde: "Eu fui de tudo nesta vida, cozinheira, lavadeira, niñera, já trabalhei em granja, nas estâncias, eu era de casa e de campo, cortei arroz (com orgulho). Acredito muito em Deus, que é o nosso Pai. Ah! certa vez entrei num canal cheio de chamichunga, prá arrancá grama. Mas temos que acreditar em algo nesta vida,que é prá ter proteção, se eu falo vão dizer que sou conversadora, mas a coisa é assim." São tantos os netos, bisnetos e tataranetos, que ela já perdeu a conta. Se emociona ao relembrar os velhos tempos em que plantava e vivia da terra, trocando os alimentos com os vizinhos. Em frente a sua casa está a horta, e ao lado, o rico jardim, e diz gostar muita de rosas, é claro... Esta "rosa" mora só e à noite é acompanhada por um bisneto. Prepara suas refeições e executa todas as lidas domésticas. Numa época remota (relembra) trabalhou no posto Texaco , por "bobagem" tinha se separado do marido e foi morar na vila. Levantava às cinco horas para trabalhar. Até que um dia, ao voltar para casa, encontrou a porta arrombada. Tinha sido roubada. Emocionada, revela: "perdi tudo o que havia conseguido, fruto do meu suor".Hoje, Rosa ainda pensa em fazer negócios, mede sua propriedade com a mente e revela tudo o que precisa fazer para construir uma nova casa e recomeçar uma nova vida na Vila Brasiliano, perto de um outro filho, "prá quebrar a diária" (a rotina). Siá Rosa, adora música e embora morando do lado do Barracão, nunca desfilou no carnaval."Tenho uma alegria em assistir...ah! -se corrige – a doce Siá Rosa - já fui cara atada no carnaval...
Garimpamos as histórias de pessoas da nossa terra que, em suas vidas simples e sem sobressaltos, nos remetem ao nosso passado histórico-cultural. Histórias que nos fazem ser o povo que somos hoje. Joca d’Ávila e Cláudia Schwab