A parceria com o Sindicato Rural, hoje uma entidade centenária, se consolida cada vez mais, inclusive, na 80ª Expo feira, tendo a cooperativa se tornado comodatária do pavilhão do gado leiteiro do Parque de Exposições. -Todos os anos, o nosso segmento leiteiro faz um trabalho independente na organização e apresentação da mostra. Trata-se de uma parceria antiga e desejamos nos congratular com o nosso Sindicato Rural por tão significativa data, declaram Carlos Campos e Marcos Kalil.
No balanço feito pelo Presidente da Sulleite, Carlos Talavera Campos, ele fala sobre os resultados obtidos pela Cooperativa, que veio para viabilizar a produção leiteira na região, através da união de esforços, principalmente na questão do frete, principal fator impeditivo da viabilização da atividade, em função das características geográficas e da grande distancia do município até a usina de beneficiamento mais próxima. A cooperativa vem desempenhando satisfatoriamente esta coordenação fundamental, além de ter exercido o papel de entidade fomentadora, tanto na busca e no convencimento de novos entrantes, como no amparo ao crescimento e ao aperfeiçoamento das atividades dos associados. Carlos Talavera Campos participou de diretorias anteriores que deram início à política de devolução integral do preço obtido pelo leite, apesar do alto custo do frete, meta que tem sido obtida gradativamente, hoje ressarcindo o produtor com cerca de 95% dos recursos obtidos na comercialização do leite. Para fazer frente a estes compromissos: remunerar a equipe de técnicos agronômicos, veterinários, contábeis e burocráticos, além de atingir o objetivo de devolver ao produtor o mais próximo da integralidade do preço do leite, precisou buscar recursos na lucratividade da atividade mercantil, voltando-se à comercialização com cooperados e com o público em geral, com uma gama de produtos tais como insumos para ordenha e pastagens, adubos, produtos veterinários, equipamentos e assistência técnica. Além disto, para tentar evitar o que ocorreu historicamente com outras cooperativas, busca manter uma administração ativa, sem remuneração para diretores, que são impedidos de contratar parentes, a não ser por mérito comprovado, evidencia Talavera. Outra das grandes metas da entidade, que não está sendo atingida com facilidade, apesar até da disponibilidade de convênios com o PRONAF e de outros mecanismos oferecidos pelo governo federal e do amparo de entidades como a EMATER, é a de ampliar o quadro de associados de pequeno porte, oriundos de economias familiares, talvez pelas características culturais da população local, ou mesmo, pela grande oferta de colocações disponíveis pelo pujante setor agrícola do município. A Cooperativa também exerce o papel de parceira da prefeitura no programa Fome Zero. – A nossa função social vem se cumprindo com lisura e transparência exemplares, viabilizando o acesso do setor carente da população a este programa de resgate social do Governo Federal, afirma Carlos Campos. Ainda, visando à função social, a Sulleite, mais uma vez aliou-se à Prefeitura Municipal, assumindo a responsabilidade de operar a micro usina, que hoje coloca no mercado santa-vitoriense, o leite pasteurizado com a marca Sulleite. O produto pode ser captado de qualquer pequeno produtor de Santa Vitória e Chuí, dos quais não é exigida a disponibilidade de ordenha mecânica, e resfriador. Até o momento abastece em torno de 25% do mercado do leite vendido em estabelecimentos comerciais da cidade. Infelizmente, esta modalidade de leite pasteurizado e industrializado, oferecido dentro de perfeitos padrões de sanidade e higiene, ainda enfrenta grande resistência por parte dos consumidores, talvez por razões culturais e pela existência de hábitos arraigados de consumo de leite informal. Sabemos que esse leite distribuído informalmente ocasiona riscos graves à saúde. Já foi comprovado cientificamente que as garrafas pet reutilizadas, por exemplo, não podem ser aproveitadas mesmo lavadas porque o seu material e formato não permitem esterilização. Então, quem usa o produto armazenado nestes recipientes está correndo o risco de beber leite, invariavelmente repleto de coliformes fecais, impurezas que não são eliminadas com a fervura e, muito menos, com a filtragem, alerta o dirigente da cooperativa. A idéia é diversificar os produtos da micro usina, passando a oferecer bebidas lácteas, queijos, doce de leite e, acima de tudo empregos à população, mas, para isto é necessário que a usina seja viabilizada, primeiramente, com a produção de leite pasteurizado, cujo consumo precisa crescer ainda quatro vezes, para chegar ao ponto de equilíbrio.
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