quarta-feira, 31 de outubro de 2012

1ª Semana Acadêmica ADM UCPEL



            

O professor Homero fez um relato histórico...

Adelar mostra os medidores do vento


                A 1ª Semana Acadêmica Administração da UCPEL teve como tema “Entre o passado e o futuro econômico, social e ambiental de Santa Vitória do Palmar e na quarta-feira, dia 17, dentro da programação foi abordada a energia eólica pelo técnico e gerente de projetos da Pampa Eólica, Adela Schimitt. Ele foi antecedido pelo Professor Homero Rodrigues que fez uma rica explanação histórica, marcada de curiosidades na vida desta comunidade. “Sempre sofremos um determinismo geográfico pelo isolamento total... Os ventos que antes eram mortais, hoje são vitais e significam a redenção deste município, justamente num momento em que é preciso uma libertação da energia fóssil... Os velhos fantasmas são o ruído do vento cheirando a saudade, mas hoje, os ventos desta região vão impulsionar o progresso’.
   Adelar fez uma abordagem do cronograma de instalação dos parques, informando que até 2013, a previsão é de que entrarão em operação 164 projetos aprovados que já foram para leilão. Em 2011 foram vendidos no RS 58 projetos, entre eles, os desta região. Ele falou do complexo Geribatu (10 projetos) e no Chuí, que totalizam 402 megawatts de energia.
            A Pampa Energia Eólica foi constituída em 2005 para desenvolver projetos e vem todo esse tempo se adaptando às realidades. “Em 2007/2008 constituímos mais sete CNPJs, que são empresas ligadas à Pampa e Renobrax. Cada CNPJ desenvolve um parque... O parque Geribatu, em processo de implantação foi denominado Verace. Temos ainda o Parque Eólico Chuí, Projeto Minuano (entre a estrada da Barra e a divisa do arroio)e a empresa Ibitu e Xingu. Até o momento, os parques envolvem 25 mil hectares de terras arrendadas. Fizemos a medição dos ventos, licenciamen- toambiental, georeferenciamento. O leilão que estava previsto para final de outubro foi prorrogado para dezembro e a Pampa Energia Eólica/Renobrax participarão com mais 20 projetos em Santa Vitória, sendo que no entorno do parque Geribatu já está sendo feita a medição dos ventos.
            Algumas empresas já estão se instalando em Santa Vitória, como a  Shahin, encarregada         da construção civil (sediando-se na antiga Sulleite), a Eletrosul, Rio Bravo e a Pampa.
            Além dos 70 km de estradas e outras que serão recuperadas, teremos em torno de 60 km de linhas subterrâneas. Adelar explica que isso é em função de dois motivos: Utilização para o gado, lavoura de arroz, aviação agrícola e porque os aerogeradores terão 78 metros de altura com 97 metros de diâmetro.
Contratação de mão de obra - Em março de 2013 será o topo da contratação, onde haverá mais gente trabalhando tanto no parque como na linha de transmissão. Dentro desses empregos, o representante da Pampa Eólica diz que virão engenheiros, técnicos de nível superior que são efetivos das empresas, mas que eles costumam dar preferência ao pessoal local apto.
   - Já recebemos inúmeros currículos na Pampa (segurança, escritório, operador de máquina...) mas na construção dos parques haverá necessidade de serviços braçais (soldadores, armadores de ferro para concreto...). No SINE estão abertas inscrições, pois é preciso contratar de 1800 a 2000 pessoas e se não tiver aqui trarão de fora. Hoje tem 140 homens ligados diretamente à energia eólica trabalhando em Santa Vitória do Palmar e Chuí.
Retorno aos cofres públicos - A partir de 2016, pelo cronograma, a energia começará a ser gerada trazendo retorno aos municípios. A projeção inicial de arrecadação de impostos pelas prefeituras de Santa Vitória e Chuí aproxima-se de 48 milhões de reais.

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