O professor Homero fez um relato histórico... |
Adelar mostra os medidores do vento |
A
1ª Semana Acadêmica Administração da UCPEL teve como tema “Entre o passado e o
futuro econômico, social e ambiental de Santa Vitória do Palmar e na
quarta-feira, dia 17, dentro da programação foi abordada a energia eólica pelo
técnico e gerente de projetos da Pampa Eólica, Adela Schimitt.
Ele foi antecedido pelo Professor Homero Rodrigues que fez uma rica explanação
histórica, marcada de curiosidades na vida desta comunidade. “Sempre sofremos
um determinismo geográfico pelo isolamento total... Os ventos que antes eram
mortais, hoje são vitais e significam a redenção deste município, justamente
num momento em que é preciso uma libertação da energia fóssil... Os velhos
fantasmas são o ruído do vento cheirando a saudade, mas hoje, os ventos desta
região vão impulsionar o progresso’.
Adelar fez uma abordagem do cronograma de
instalação dos parques, informando que até 2013, a previsão é de que entrarão
em operação 164 projetos aprovados que já foram para leilão. Em 2011 foram
vendidos no RS 58 projetos, entre eles, os desta região. Ele falou do complexo
Geribatu (10 projetos) e no Chuí, que totalizam 402 megawatts de energia.
A Pampa Energia Eólica foi
constituída em 2005 para desenvolver projetos e vem todo esse tempo se
adaptando às realidades. “Em 2007/2008 constituímos mais sete CNPJs, que são
empresas ligadas à Pampa e Renobrax. Cada CNPJ desenvolve um parque... O parque
Geribatu, em processo de implantação foi denominado Verace. Temos ainda o
Parque Eólico Chuí, Projeto Minuano (entre a estrada da Barra e a divisa do
arroio)e a empresa Ibitu e Xingu. Até o momento, os parques envolvem 25 mil
hectares de terras arrendadas. Fizemos a medição dos ventos, licenciamen-
toambiental, georeferenciamento. O leilão que estava previsto para final de
outubro foi prorrogado para dezembro e a Pampa Energia Eólica/Renobrax
participarão com mais 20 projetos em Santa Vitória, sendo que no entorno do
parque Geribatu já está sendo feita a medição dos ventos.
Algumas empresas já estão se
instalando em Santa Vitória, como a
Shahin, encarregada da
construção civil (sediando-se na antiga Sulleite), a Eletrosul, Rio Bravo e a
Pampa.
Além dos 70 km de estradas e outras
que serão recuperadas, teremos em torno de 60 km de linhas subterrâneas. Adelar
explica que isso é em função de dois motivos: Utilização para o gado, lavoura
de arroz, aviação agrícola e porque os aerogeradores terão 78 metros de altura
com 97 metros de diâmetro.
Contratação
de mão de obra - Em março de 2013 será o topo
da contratação, onde haverá mais gente trabalhando tanto no parque como na
linha de transmissão. Dentro desses empregos, o representante da Pampa Eólica
diz que virão engenheiros, técnicos de nível superior que são efetivos das
empresas, mas que eles costumam dar preferência ao pessoal local apto.
- Já recebemos inúmeros currículos na Pampa
(segurança, escritório, operador de máquina...) mas na construção dos parques
haverá necessidade de serviços braçais (soldadores, armadores de ferro para
concreto...). No SINE estão abertas inscrições, pois é preciso contratar de
1800 a 2000 pessoas e se não tiver aqui trarão de fora. Hoje tem 140 homens
ligados diretamente à energia eólica trabalhando em Santa Vitória do Palmar e
Chuí.
Retorno aos cofres públicos - A partir de 2016, pelo cronograma, a energia começará a ser gerada
trazendo retorno aos municípios. A projeção inicial de arrecadação de impostos
pelas prefeituras de Santa Vitória e Chuí aproxima-se de 48 milhões de reais.
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