sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Saudação da Patrona na abertura da VI Feira de Incentivo à Leitura

         Este é um final de semana encantado para mim que hoje tenho a felicidade, a honra de ser Patrona da nossa Feira do Livro... E acredito que também se sentem assim, todas essas abnegadas professoras, professores, e foram tantos que se envolveram na organização deste encontro cultural, sob a coordenação da Secretaria de Educação, da secretária Léa Feijó e sua equipe, um evento aberto a todas as formas de manifestação artística.
         Penso que uma feira de incentivo à leitura é um privilégio num município, que tem qualificação profissional para priorizar a educação, formando cidadãos conscientes para a construção de um futuro melhor.
         A interpretação é essencial em qualquer área, em qualquer disciplina e só é possível desenvolve-la através da leitura, que também enriquece o vocabulário e nos leva a descobrir o mundo. E dizem os especialistas que ler é benéfico para a saúde mental, é o melhor exercício para a mente, pois reforça a conexão entre os neurônios. Mas, o mais importante é que o exercício da leitura permite a formação dos nossos próprios conceitos. Por isso, quando as escolas incentivam à leitura estão cumprindo a sua missão de formar alunos conscientes.
         Vejam que o autor, ao escrever compartilha histórias, emoções, conhecimentos, até para futuros leitores, por inúmeras gerações que se identificarem com os seus escritos, tanto em livros, jornais, revistas, que ficam no passado, estão no presente e também no futuro.
         Desde a infância é preciso incentivar à leitura, e hoje existem inúmeros formas de atrair e trabalhar com as crianças e adolescentes. A escritora que amanhã estará conosco, Clarissa Meroni de Souza, inclusive já lançou um livro – Teatro na sala de aula...
         Mas, pela minha experiência, o recado que deixo aqui é que a leitura deve sempre ser um prazer, atrair o leitor e jamais vista como um castigo. Quando a minha filha tinha uns nove ou 10 anos escolhi alguns livrinhos de literatura infanto juvenil e todos os dias, ao escurecer eu  a fazia  sentar ao meu lado e ler, ao menos um trecho do livro... Era uma briga. Numa conversa com a professora Suraia, ela disse – Me manda a Laura que vou ajudá-la... Realmente, a leitura não pode ser enfadonha, o leitor é que deve escolher o quer ler e em qual local vai ler...
         Pois é, a leitura tem que ir se adaptando à época, à idade, aos ipads, iphones, enfim, mas a fantasia, o romance, os fatos históricos, biografias, costumes, diferenças culturais, religiosas são referências que devem se perpetuar através das gerações, até para servir de parâmetros nas sociedades de todos os tempos. Por que nos sentimos atraídos pelos épicos?
         Mas o estímulo à leitura faz a diferença... Eu ouvi que não importa o quanto se lê (afinal a gente, hoje nem tem tanto tempo), mas é importante como se lê porque a leitura requer atenção, reflexão, espírito crítico para desenvolvermos a capacidade de pensar. Quando estudei jornalismo, na faculdade existia uma competição, a gente era pressionada a ler tantos livros/semana/mês, e isso não foi nem um pouco positivo, tanto que nem lembro mais o conteúdo de algumas obras.
         Já quando estudei o primário, no Manoel Vicente do Amaral, era uma novidade, uma alegria quando chegava a hora de irmos para a biblioteca e escolhermos o livrinho para ler. Tinha até fitinhas que eram presas no uniforme e a cor indicava a nossa posição no ranking de leitura... No final do ano ganhávamos prêmios.
         É claro que a tecnologia moderna veio para facilitar e agilizar a vida de todo mundo, mas como reflexão, queridos pais, professores e alunos, pensem que não podemos permitir que se “modele o processo do pensamento”, deixando-nos na superficialidade, sem tempo para que seja desenvolvida a capacidade de pensar. Deixo aqui este tema como sugestão para debate, pois vejam que Até a nossa língua portuguesa está sendo descaracterizada! A nossa programação, inclusive conta um espaço, amanhã, as 21 horas para debater o futuro da literatura.
         Bom, essa honraria, essa homenagem destacando-me como Patrona da VI Feira de Incentivo à Leitura quero reafirmar que é gratificante para quem escreve, trabalha com textos e tem o ofício de informar... Aqui estou como “embaixadora” deste evento, e ficarei à disposição de todos que precisarem da minha ajuda. Muito obrigado!

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