sexta-feira, 20 de abril de 2012

Patrimônio Imaterial destaca Vitória Rodrigues de Rodrigues em nossa edição de abril

Joca e Cláudia

Ano passado postei uma foto do seu Orides no meu mural do facebook e os acessos foram tantos que criei um evento chamado "EU CONHEÇO O SEU ORIDES". Inúmeras pessoas, de todos os cantos (inclusive quem não conhecia queria conhecer)deixaram seus testemunhos cheios de carinho e admiração por esse querido senhor que povoou a infância de várias gerações de mergulhões (e visitantes), ao entregar com sua carroça, o pão nosso de cada dia, ainda nos levando para uma voltinha, nem que fosse por alguns metros, até chegar à próxima casa para a entrega. Vou colocar no meu mural. Uma belicíssima iniciativa! Álvaro Castro




Vitória Rodrigues de Rodrigues nasceu em 1928, na Coxilha. Filha do fiscal de animais Artur e da lavadeira Clotilde, estudou até a segunda série primária e aprendeu a ler e escrever. Dona Vitória é uma das leitoras desta coluna e quando leu sobre a viagem do seu Orides na Gaiola, lembrou da sua infância. Era 1947 e a pequena Vitória embarcou aqui no Porto de Santa Vitória (chegando de carroça até o vapor) e depois de uma bela viagem de doze horas, chegou a Pelotas, acompanhada do pai. De uma lembrança a outra, recorda a ida a Rio Grande, para o carnaval. Desta vez, de ônibus, pela praia. Lembra dona Vitória que no Albardão quase nunca dava para passar, e muitas vezes o ônibus tinha de dar a volta. Uma vez saiu una quinta-feira e chegou a Rio Grande no domingo... Lendo outra crônica, descobriu que gosta das mesmas músicas que o seu Luís, do Cemitério. "Oh, jardineira porque estás tão triste..." E quando lhe perguntamos que outras músicas gosta, cita os boleros e a marchinha "Aurora". E lembra dos bailes, boas e más lembranças tem dona Vitória dos bailes.

No Clube Estrela do Sul, clube que frequentava – como de resto os negros da nossa cidade, naquela época em que bem lembra, o racismo imperava ("negro não tinha vez no Comercial, no Caixeiral e no CTG", nos conta Vitória, e sua cocota nos repete, num gracioso eco, suas palavras). Bem, no Estrela do Sul muito dançou quando jovem. E do Liame Operário esteve proibida de entrar durante um ano. Recebeu em casa um cartão-comunicado, pois sua irmã, que morava em Rio Grande, namorava um branco. Nesta época já era noiva de Esídio Gonçalves Rodrigues, seu marido. Pois o noivo deixou de frequentar a sociedade também, em solidariedade à noiva. Depois de um ano Esídio recebeu um convite para retornar e levou sua Vitória de volta aos bailes. Sente-se triste de ter perdido este tempo sem frequentar o clube. Os bailes eram bons e o conjunto tinha o Jofre, no saxofone, mais o Carmelito e o Jura.

Com seu marido, teve dois filhos, Isabel e Artur Alberto. Lavadeira desde jovenzinha, quando ajudava a mãe na lida, "envelheci lavando roupa dos outros", é feliz junto ao marido pedreiro. Católicos, sempre trabalhando. A vida é boa, diz-nos Vitória. Viver da melhor maneira possível, junto aos amigos e à família, é sua receita.

Dona Vitória, antes de nos despedirnos, nos mostra orgulhosa uma carteira autografada por Getúlio Vargas, que ganhou de uma sobrinha. Seu pequeno tesouro.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Escola Municipal de Educação Fundamental Marechal Castelo Branco

40 anos abraçando todas as causas


Inaugurada como Grupo Escolar em 1972, a EMEF Mal. Castelo Branco completou 40 anos no dia 28 de março. Foi construída pela Prefeitura Municipal e inicialmente só havia até a quinta série, sendo que no decorrer dos anos foi ampliada para receber as turmas da sexta a oitava séries.
Trata-se de uma instituição de ensino diferenciada, sendo que o lema "Educação para Todos" exprime a proposta de inclusão que ela sempre manteve. – Temos um olhar para todos e o apoio da família tem sido muito importante nesse sentido, expressa a diretora, Roseti Mendes Souza, que está no cargo há quase oito anos, mas trabalha na escola desde 1990.
Uma das maiores escolas municipais, "o Castelo" abraça todas as causas e hoje possui 75 professores e 13 funcionários, todos comprometidos com uma educação de qualidade. Tem salas especializadas que são usadas em turno inverso como apoio às crianças com dificuldades, principalmente aquelas que possuem deficiências (cegas, surdas, síndrome de Daw, com problemas motores, etc...). A receptividade por parte de todos os colegas dessas crianças com deficiência tem sido fantástica. Eles estendem a mão, demonstram afetividade e conforme Roseti, o aprendizado não sofre atrasos por causa da inclusão. São salas com 20 alunos para permitir uma evolução normal.
Uma escola que pode ser considerada padrão, desenvolvendo inúmeros projetos para enquadrar o indivíduo na sua comunidade, buscando a integração com o meio ambiente, além do conhecimento da história e do local onde ele está inserido. Projetos como cultura afro-brasileira, língua espanhola, valorização da cidade, folclore, resgate de valores da vida em família, entre outros, visam acentuar o papel social de cada um para melhorar a qualidade e estrutura da sociedade.
- Ainda sonhamos com muitas coi- sas...Nosso espaço físico está pequeno, o pátio reduzido e um ginásio coberto é o nosso anseio, gestiona a diretora Roseti.
Um trabalho com muita dedicação, que busca boa relação com as famílias, numa troca construtiva, deixando claro que basta acreditar, pegar junto e querer realizar.
A Castelo Branco, hoje, vem sendo beneficiada pelo programa do MEC "Mais Educação" (em turno inverso). O aluno passa o dia todo na escola desenvolvendo várias atividades como fanfarra, percussão, reforço de matemática, esporte e lazer, ginástica rítmica, etc.. As escolas se inscrevem e têm oportunidade de melhorar o Indicador de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB. – Começamos com 70 alunos e passaremos para 100, podendo aumentar até 120, assim que tivermos uma casa próxima daqui, que a Secretaria de Educação, que muito nos apoia, está viabilizando.
Roseti deixa clara a proposta da EMEF Castelo
quando diz: - Queremos que o nosso aluno seja crítico... A nossa clientela, hoje é mais difícil porque os pais precisam trabalhar muito, as mães não estão mais em casa e as crianças estão grande parte do tempo sozinhas... Alunos pequenos chegam à escola com a chave de casa no bolso... O nosso trabalho precisa, realmente, de muita dedicação, enfatiza a diretora, destacando as coordenadorias que considera excelentes, todos trabalhando em equipe. Como coordena- nadoras Pedagógicas: Maria de Fátima Piris e Lara Segóvia; Coordenadoras do SOE, Maria Lima e Maria Garcia.


As secretárias escolares, Carolina, Graciela e Dóris








A pior doença é o preconceito -Editorial Abril 2012

P/jornalista Guacira dos Santos

Um tema que a sociedade despreza até ver acontecer, mas que na verdade existe essa incidência que é pouco falada, é a questão de Doenças Raras, que como o nome já diz, trata-se de um assunto pouco habitual. Ao nos referirmos especificamente a doenças de pele, nos reportamos aos tempos antigos, onde pessoas que apresentavam modificações no rosto e no corpo, pouco apareciam. Isso porque existia um temor da sociedade que fazia com que as pessoas ficassem presas em casa condenadas a uma vida de clausura em face do preconceito. Nos dias atuais o questionamento fica em saber se a sociedade acolhe bem as pessoas que sofrem de doenças raras, mesmo as que não são contagiosas, como psoríase, epidermó- lise, vitiligo, entre outras. Quando essa doença está menos perceptível fisi- camente, as pessoas estão menos sujeitas a discri- minação. Muitas não conseguem emprego e as exceções são poucas. Esse quadro também é visto no ambiente escolar com a discriminação com relação à criança portadora de uma doença rara. Vivemos em uma sociedade superficial em que a imagem conta muito. Será que somos capazes de conviver, trabalhar e ajudar uma pessoa independente de sua aparência? Somos diferentes, pensamos de maneira distinta, uns mais solidários e compreensivos, outros carregados de tabus. Então nos perguntamos como seria nossa vida se tivéssemos uma doença rara? Na verdade o fato é que elas existem e não podemos fugir dessa realidade, pois elas estão aí e devem ser comentadas e esclarecidas para que não haja discriminação.O ambiente familiar e as escolas são pontos chave para a formação de uma conscientização, pois a desinformação alimenta ainda mais o preconceito.

Formatura Contabilidade Colégio Estadual



Paraninfo - Professor Eden Cogno Vieira

6ª Febutiá movimenta feriado da Páscoa



De 06 a 08 de abril, no Ginásio de Esportes Cardeal foi realizada a 6ª Febutiá, proporcionando uma série de atrações como a 1ª Mostra Fronteiras do Rock, Encenação da Paixão de Cristo, 4ª Cavalgada dos Campos Neutrais, Grupo de Bombacha, diversas bandas como a de Vinicius Amaro, Kurta Metragem, Trio Metam BMP, Maskavo, Gahuer Carrasco Passion, além da infinidade de produtos derivados do butiazeiro e diversos estandes. Apenas o primeiro dia foi com entrada franca, sendo que na sexta, sábado e domingo, os ingressos foram pagos, servindo de apoio à realização deste evento que integra o calendário turístico da Costa Doce.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Confraternização pelo restabelecimento do nosso colunista José Golgerci





Ao entardecer do sábado (31), a residência de Ana Britto esteve repleta de amigos, que compareceram ao "chá das cinco" para comemorar o restabelecimento do nosso colunista José Golgerci. A ocasião foi ilustrada pela coleção outono/inverno de bolsas e sapatos da boutique Kiss...

Imagens do concurso Gata Outono-Inverno 2012