terça-feira, 16 de agosto de 2011

Um brinde ao Tio Nabor que nos contempla de outras janelas!






         "O fogo significa a fraternidade, o amor da nossa família por todos vocês...
           Que possam sentir as raízes da família Mendonça dentro dos seus corações". (Diana)
 

      Agora, quando completaria 96 anos no dia 26 de agosto, Tio Nabor nos contempla de outras janelas porque já partiu desta existência rumo à eternidade. Era chegada a hora. Mas a nossa homenagem está aqui, pois queremos agradecer às "gurias", Anabela e Diana pela cordialidade e o carinho com que fomos recebidos naquela que seria a nossa última visita ao único remanescente dos "troncos velhos" da família Mendonça na Fazenda Santo Antônio, lá em Provedores.
      Uma chegada de surpresa, encontrando a porteira fechada, mas que naquele três de janeiro se abriu com a maior satisfação para receber os parentes... Mal haviámos comemorado a chegada do Ano Novo, 2011 e fomos ao encontro do Tio Nabor para atender à vontade de João Baltezan e Odaléa, que desejavam encontrar os familiares, especialmente dar um abraço no Tio Nabor.
Filho de Antônio Nabor Mendonça e Justiniana Altiva Terra de Mendonça, Tio Nabor perdera o pai muito cedo, sendo que aos 18 anos precisou assumir os negócios da família e encarar toda a lida campeira.
     - O senhor é um homem abençoado porque nem todos conseguem chegar a sua idade. Trabalhou muito desde cedo, conservou a propriedade, conheceu o Brasil inteiro e, hoje, a sua única queixa é uma dorzinha no joelho, evidencia Baltezan no aperto de mão, dizendo se sentir um Mendonça de coração, já que o destino colocou a Odaléa no seu caminho.
    - Quero falar deste reencontro no livro que estou escrevendo. Vou registrar a nossa visita neste recanto que é um paraiso, onde fomos recebidos de maneira tão gentil pelas suas filhas. Vou levar, destas poucas horas, a melhor das recordações. O senhor é primo-irmão do meu sogro, Antônio Bernardo de Mendonça... Obrigado pela acolhida, saudou o visitante.
     Tio Nabor sempre demonstrando no velho semblante toda a sua emoção transmitia surpreendente lucidez e senso crítico, lamentando o abandono das sedes das fazendas no interior do município. - Não se vê mais uma chácara de milho, uma horta, um jardim. Só gente nova abandonando a campanha porque o que ganha com o arroz é suficiente para não ter que trabalhar. Esse predomínio da monocultura nos prejudicou muito.
    O brinde e a chama acesa em frente ao velho casarão definiram a singeleza daquele momento que vai ficar para sempre em nossa memória, caracterizado como um privilégio de sermos recebidos por pessoas tão especiais.

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