"O fogo significa a fraternidade, o amor da nossa família por todos vocês... Que possam sentir as raízes da família Mendonça dentro dos seus corações". (Diana) |
Agora, quando completaria 96 anos no dia 26 de agosto, Tio Nabor nos contempla de outras janelas porque já partiu desta existência rumo à eternidade. Era chegada a hora. Mas a nossa homenagem está aqui, pois queremos agradecer às "gurias", Anabela e Diana pela cordialidade e o carinho com que fomos recebidos naquela que seria a nossa última visita ao único remanescente dos "troncos velhos" da família Mendonça na Fazenda Santo Antônio, lá em Provedores.
Uma chegada de surpresa, encontrando a porteira fechada, mas que naquele três de janeiro se abriu com a maior satisfação para receber os parentes... Mal haviámos comemorado a chegada do Ano Novo, 2011 e fomos ao encontro do Tio Nabor para atender à vontade de João Baltezan e Odaléa, que desejavam encontrar os familiares, especialmente dar um abraço no Tio Nabor.
Filho de Antônio Nabor Mendonça e Justiniana Altiva Terra de Mendonça, Tio Nabor perdera o pai muito cedo, sendo que aos 18 anos precisou assumir os negócios da família e encarar toda a lida campeira.
- O senhor é um homem abençoado porque nem todos conseguem chegar a sua idade. Trabalhou muito desde cedo, conservou a propriedade, conheceu o Brasil inteiro e, hoje, a sua única queixa é uma dorzinha no joelho, evidencia Baltezan no aperto de mão, dizendo se sentir um Mendonça de coração, já que o destino colocou a Odaléa no seu caminho.
- Quero falar deste reencontro no livro que estou escrevendo. Vou registrar a nossa visita neste recanto que é um paraiso, onde fomos recebidos de maneira tão gentil pelas suas filhas. Vou levar, destas poucas horas, a melhor das recordações. O senhor é primo-irmão do meu sogro, Antônio Bernardo de Mendonça... Obrigado pela acolhida, saudou o visitante.
Tio Nabor sempre demonstrando no velho semblante toda a sua emoção transmitia surpreendente lucidez e senso crítico, lamentando o abandono das sedes das fazendas no interior do município. - Não se vê mais uma chácara de milho, uma horta, um jardim. Só gente nova abandonando a campanha porque o que ganha com o arroz é suficiente para não ter que trabalhar. Esse predomínio da monocultura nos prejudicou muito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário